O mês de agosto, além de levar a cor dourada que incentiva à amamentação, também traz o lilás, para busca conscientizar e pede o fim da violência doméstica contra a mulher.
Há 16 anos, contamos com a Lei Maria da Pena, que é fruto da luta da farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que ficou paraplégica após agressões do então marido em 1983. Ele foi condenado e ficou preso por 2 anos, sendo solto depois de cumprir um terço da pena, em 2004.
Essa legislação possibilitou que casos de violência doméstica passassem a ser julgados em varas especializadas, de competência criminal e cível, punindo os agressores. Mesmo assim, os índices de feminicídio e outros crimes contra a mulher continuam altos.
Conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, 1.341 mulheres foram assassinadas no ano passado. Além disso, há 30 casos de agressão física por hora e diariamente ocorrem 3 feminicídios. Já nesta pandemia da Covid-19, o Ligue 180 registrou um aumento de 36% de ocorrências de violência feminina.
Com a aprovação do Projeto de Lei 3.855/2020, no Senado Federal, a campanha Agosto Lilás passou a ser anual, sendo o tema deste ano “Um instrumento de luta por uma vida de violência”.
Hoje (26/08), também é lembrado o Dia Internacional da Igualdade das Mulheres. Conquistamos o direito ao voto, à educação e à vida política. Muitas tiveram ascensão de carreira, mas há ainda disparidade salarial em relação a eles, preconceito e machismo, entre outros problemas.
De fato, agosto é um marco para vida da mulher. Que as causas pelas quais lutamos levem você à reflexão.